Com a busca crescente por insumos sustentáveis e de alto desempenho, produtores têm se questionado sobre qual tecnologia pode oferecer os melhores resultados dos insumos no campo. Por isso, a nanotecnologia agrícola tem revolucionado o setor, trazendo soluções mais eficientes para o manejo da lavoura.
Enquanto suspensões concentradas e sais inorgânicos são amplamente utilizados há décadas, os minerais quelatados e as nanopartículas surgem como alternativas promissoras.
Mas quais são as principais diferenças entre essas tecnologias?
Então, neste artigo, vamos comparar suas características e limitações, a relação entre a nanotecnologia e meio ambiente e benefícios, ajudando você a tomar a melhor decisão para sua lavoura.
Definições e características das tecnologias aplicadas no agro
A evolução dos insumos agrícolas vem elevando o padrão de soluções mais eficientes para nutrição e proteção das lavouras.
Dentro desse meio, a nanotecnologia química da Revella está sendo, por exemplo, uma frente inovadora que proporciona maior controle e absorção de nutrientes.
Para compreender como essa e outras tecnologias afetam a produtividade agrícola, é fundamental entender, a princípio, suas definições, particularidades.
Suspensão Concentrada (SC)
As suspensões concentradas contêm nutrientes pouco solúveis (como óxidos e carbonatos) em forma de partículas dispersas em meio aquoso.
As suspensões liberam os nutrientes de maneira gradual, proporcionando fornecimento contínuo, mas com absorção limitada pela planta.
Vantagens das suspensões concentradas
- Alta concentração de nutrientes
- Fácil manuseio;
- Sem geração de pó.
Desvantagens das suspensões concentradas
- Risco de obstrução de bicos de pulverização;
- Menor eficiência de absorção;
- Problemas de estabilidade após diluição.
Minerais Quelatizados
Os quelatos são complexos formados pela ligação de metais, por exemplo:
- Ferro (Fe);
- Zinco (Zn);
- Cobre (Cu).
Só para exemplificar, esses compostos metálicos se ligam a agentes quelantes orgânicos, como:
- Aminoácidos no geral;
- Ácido etilenodiamino tetra-acético ou EDTA.
Essa estrutura impede que os nutrientes precipitem, mantendo-os, dessa forma, solúveis e prontos para absorção.
Vantagens dos minerais quelatizados
- Maior estabilidade em diferentes pHs;
- Alta solubilidade;
- Eficiência na absorção.
Desvantagens dos minerais quelatizados
- Custo mais elevado;
- Possível impacto ambiental se agentes quelantes não forem biodegradáveis.
Uma eventual alternativa ao quelatos, é a combinação ou encapsulamento nano, de maneira que os metais nutrientes sejam absorvidos sem interferências e de maneira mais natural se mantenham estáveis para a absorção da planta.
Sais inorgânicos
São fontes tradicionais de nutrientes, além de serem altamente solúveis em água. Nutrientes esses como:
- Sulfatos;
- Nitratos;
- Cloretos.
Contudo, essa alta solubilidade pode resultar em fitotoxicidade e perdas por lixiviação.
Vantagens dos sais inorgânicos
- Baixo custo;
- Alta solubilidade;
- Fácil formulação.
Desvantagens dos sais inorgânicos
- Risco de fitotoxicidade;
- Menor eficiência de absorção;
- Maior propensão a perdas por lixiviação;
- Alto risco de oxidação prematura dos equipamentos de aplicação.
Neste ponto, a nanotecnologia agrícola se torna um diferencial, pois formulações à base de nanotecnologia Revella minimizam impactos ambientais e aumentam a biodisponibilidade dos nutrientes.
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Nanopartículas
A nanotecnologia agrícola usa partículas menores que 100 nm para melhorar a absorção e biodisponibilidade dos nutrientes.
Para cada elemento existe um tamanho ideal para que se alcance a geração de novas propriedades para o mesmo elemento. Sua superfície de contato, altamente ampliada facilita a interação com tecidos vegetais e permite liberação controlada dos ativos conforme a necessidade da planta.
Vantagens da nanotecnologia agrícola
- Alta biodisponibilidade;
- Maior eficiência de absorção;
- Menor necessidade de reaplicação;
- Menor impacto ambiental.
Desvantagens das nanopartículas
- Interpretação do valor percebido pela a indústria;
- Desafio de inovar ao sair do status quo de matérias primas convencionais.
Eficiência e produtividade: afinal, por que confiar em micronutrientes em escala nano?
Tabela comparativa: nanotecnologia agrícola x soluções convencionais
Característica | Nanopartículas | Suspensão Concentrada | Metais Quelatizados | Sais Inorgânicos |
Tamanho das Partículas | 1-100 nm | >1 µm | <1 nm (solubilizado) | – |
Solubilidade em Água | Alta | Baixa a moderada | Alta | Muito alta |
Biodisponibilidade | Muito alta | Moderada | Alta | Alta |
Eficiência de Absorção | Muito alta | Dependente da formulação | Alta | Alta |
Forma Química | Partículas nano | Partículas insolúveis | Complexos solúveis | Íons livres |
Liberação de Nutrientes | Controlada | Gradual | Controlada | Imediata |
Risco de Fitotoxicidade | Baixo | Baixo | Baixo | Alto |
Compatibilidade com Defensivos | Alta | Moderada | Alta | Moderada |
Facilidade de Aplicação | Muito fácil | Requer agitação constante | Fácil | Requer agitação constante |
Impacto Ambiental | Mínimo | Pode gerar resíduos | Reduzido | Alto |

Nanotecnologia agrícola ou outras soluções: o que escolher?
A escolha entre suspensão concentrada, sais inorgânicos, minerais quelatizados e nanopartículas depende dos objetivos agronômicos e das necessidades da cultura e formulação por parte da indústria.
Se a prioridade for custo e puder assumir riscos na formulação da calda e com os equipamentos de aplicação, sais inorgânicos e suspensões concentradas podem ser adequados.
Para estabilidade e alta disponibilidade, quelatos são uma opção confiável.
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Como obter mais eficiência nas minhas formulações?
Contudo, se o foco é eficiência superior à convencional, menor lixiviação, absorção otimizada e menor impacto ambiental, as nanopartículas representam a solução ideal.
Por fim, a Revella lidera essa transformação com tecnologias inovadoras baseadas em nano e microencapsulação de ativos, promovendo eficiência, sustentabilidade e maior retorno para a indústria e o produtor.
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Referências Bibliográficas
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PRADO, R. de Mello. Nutrição de Plantas: 2⁰ edição (2021). Editora Unesp.